segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Uma campanha limpa e sem ataques pessoais

DIÁRIO DE UM CANDIDATO IMAGINÁRIO (*)

Ontem à noite, fizemos uma reunião da direcção de candidatura para levar a cabo um balanço e definir estratégias para a última semana de campanha. Foi unânime a ideia de que nos mantemos na frente e que temos todas as condições para ganhar as eleições. Tal como esperávamos, duas das candidaturas estouraram autenticamente e mostraram não ser rivais à altura. A única que ainda continua com algum fôlego é a do Ramalho e é com essa que temos de nos preocupar.
Em devido tempo, elaborámos um dossier com os podres todos dele e dos gajos que o acompanham e agora havia que decidir o que fazer com o documento. O meu director de campanha defendeu que devíamos aproveitar as entrevistas, debates e comícios que ainda temos pela frente para os expor publicamente. Uma ideia que contou com muito apoio, o que me deixou numa situação complicada. Tive de usar toda a minha autoridade, prestígio e esgrimir os melhores argumentos que me ocorreram para os convencer a não irem por esse caminho.
Lembrei-lhes que a nossa candidatura é diferente, que fazemos política por convicções e queremos essencialmente acabar com a tradicional maneira porca de a fazer. Portanto, nenhum de nós devia publicamente dizer uma palavra que fosse sobre os 'pecados' daquela gente. Concordaram, sobretudo, depois de lhes lembrar que também nós não somos perfeitos e de certeza que eles sabem disso.
Portanto, vamos manter o rumo e continuar a desenvolver uma campanha séria, limpa, honesta e sem ataques pessoais. E obviamente que não será culpa nossa se o dossier sobre os nossos adversários aparecer, anonimamente, nos e-mails da comunicação social e começar a circular de boca em boca sob a forma de rumores, boatos e insinuações.

 *Este é um texto de ficção. Qualquer eventual semelhança com personagens e eventos reais é mera coincidência.

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