sexta-feira, 11 de julho de 2014

Se quisesse trabalhar vinha pedir emprego na Câmara?

Diário de um presidente de Câmara
Conforme já aqui disse, uma das primeiras medidas que tomei foi a de pôr à frente de cada sector da câmara a pessoa certa.

Quero dinamismo, profissionalismo, rapidez, trabalho e criatividade. Quero, essencialmente, que se acabe nesta câmara com a ideia de laxismo e incompetência.

Uma das primeiras histórias que, no gozo, me contaram quando resolvi aceitar a candidatura foi a de um tipo que tinha sido colega de escola do então presidente de câmara. Teve uns azares na vida e acabou por vir pedir emprego na câmara. O presidente lá o colocou a abrir a tapar buracos na rua. Acontece que o tipo passava o tempo a fumar, a conversar com quem passava, mas dar uso a enxada é que não. Até que o presidente perdeu a paciência, chamou-o ao seu gabinete e ordenou-lhe que tapasse de uma vez o raio de um buraco que até estava numa das zonas mais visíveis da cidade. Ao que o homem se terá virado para o autarca e lhe respondeu da seguinte forma: "então mas tu achas que se eu quisesse trabalhar vinha pedir emprego na Câmara"?

Outra história clássica - esta é anedota mesmo, a outra garantem-me ser verídica  - é a de três miúdos que contam as proezas atléticas dos respectivos pais, sobretudo, o tempo que conseguem nos 100 metros. Depois de ouvir os argumentos dos seus colegas, o terceiro puto saiu-se com esta: “isso não é nada, o mais rápido é mesmo o meu pai. Ele trabalha na câmara, sai as 5h30 e às 5 já está em casa”.

É com este tipo de ideias sobre os funcionários públicos que quero acabar. Mas com tempo, com calma e sem irritá-los excessivamente. É que os empregados da Câmara valem muitos votos.

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