Diário de um presidente de Câmara |
Conforme já aqui disse, uma das
primeiras medidas que tomei foi a de pôr à frente de cada sector da câmara a
pessoa certa.
Quero dinamismo, profissionalismo,
rapidez, trabalho e criatividade. Quero, essencialmente, que se acabe nesta
câmara com a ideia de laxismo e incompetência.
Uma das primeiras histórias que, no
gozo, me contaram quando resolvi aceitar a candidatura foi a de um tipo que
tinha sido colega de escola do então presidente de câmara. Teve uns azares na
vida e acabou por vir pedir emprego na câmara. O presidente lá o colocou a
abrir a tapar buracos na rua. Acontece que o tipo passava o tempo a fumar, a
conversar com quem passava, mas dar uso a enxada é que não. Até que o presidente
perdeu a paciência, chamou-o ao seu gabinete e ordenou-lhe que tapasse de uma
vez o raio de um buraco que até estava numa das zonas mais visíveis da cidade.
Ao que o homem se terá virado para o autarca e lhe respondeu da seguinte forma:
"então mas tu achas que se eu quisesse trabalhar vinha pedir emprego na Câmara"?
Outra história clássica - esta é
anedota mesmo, a outra garantem-me ser verídica
- é a de três miúdos que contam as proezas atléticas dos respectivos
pais, sobretudo, o tempo que conseguem nos 100 metros. Depois de ouvir os argumentos dos seus colegas, o
terceiro puto saiu-se com esta: “isso não é nada, o mais rápido é mesmo o meu
pai. Ele trabalha na câmara, sai as 5h30 e às 5 já está em casa”.
É com este tipo de ideias sobre os
funcionários públicos que quero acabar. Mas com tempo, com calma e sem irritá-los
excessivamente. É que os empregados da Câmara valem muitos votos.
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